Imagine que, durante o período eleitoral, a segurança das urnas e dos sistemas que contam os votos seja tão vital quanto os próprios votos. Os ataques cibernéticos podem ocorrer de diversas formas, desde tentativas de roubo de dados até a manipulação de resultados. O que o relatório aponta é que, no cenário atual, são menos os grupos financiados por países que estão causando alvoroço e mais aqueles em busca de lucro pessoal. Esses cibercriminosos podem estar mais inclinados a explorar falhas de segurança por razões financeiras, como extorsão, venda de informações ou até mesmo o controle de sistemas para obter resgates.
O que torna essa informação ainda mais intrigante é o fato de que, enquanto os hackers patrocinados por estados têm objetivos políticos e estratégicos, os cibercriminosos comuns estão motivados apenas por ganhos monetários. Isso significa que eles podem ser mais imprevisíveis e, em muitos casos, mais ágeis nas suas ações. Eles não precisam seguir uma agenda política ou esperar um momento estratégico para atacar; suas motivações são diretas e quase sempre relacionadas à oportunidade de lucro rápido.
Portanto, fica evidente que a proteção das nossas eleições vai muito além de um simples discurso sobre segurança. É fundamental que as autoridades responsáveis pela infraestrutura eleitoral adotem medidas de segurança robustas, não apenas para se proteger de ameaças externas, mas especialmente contra ataques motivados por lucro. O fortalecimento de sistemas de defesa cibernética, a capacitação de profissionais de segurança e a conscientização da população sobre as ameaças são passos cruciais para garantir a integridade do processo democrático.
Em tempos em que a tecnologia e a política estão cada vez mais interligadas, é imprescindível que todos nós estejamos atentos a essas questões. A segurança da informação nas eleições é uma responsabilidade coletiva, que envolve cidadãos, governantes e empresas de tecnologia. E, ao final do dia, proteger nossas eleições é proteger a democracia.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Cybercriminals Pose a Greater Threat of Disruptive US Election Hacks Than Russian or China