Os editores estão céticos em relação ao mais recente jargão da tecnologia de anúncios, curadoria.


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Nos últimos tempos, o termo “curadoria” tem ganhado destaque no mundo da publicidade programática, mas muitos editores estão se perguntando se todo esse alvoroço realmente corresponde à realidade. A curadoria, em essência, refere-se a um conjunto de tecnologias que ajudam a organizar e otimizar a compra e venda de espaços publicitários, utilizando dados para tornar esse processo mais eficaz.

As plataformas de curadoria, como Index Exchange e The Trade Desk, atuam como intermediárias, oferecendo um ambiente onde anunciantes e editores podem se encontrar e negociar anúncios. Por outro lado, empresas focadas em dados, como a Audigent, trazem uma camada adicional de inteligência ao processo, utilizando informações precisas para segmentar audiências e maximizar o impacto das campanhas.

Mas será que essa abordagem realmente entrega o que promete? Muitos editores expressam suas dúvidas. A promessa de uma curadoria eficaz é proporcionar um pacote otimizado que una editores de qualidade e dados relevantes, potencializando a experiência tanto para anunciantes quanto para o público. Contudo, a realidade pode ser um pouco mais complexa.

Uma das principais preocupações é a transparência. Os editores desejam entender como seus espaços publicitários estão sendo vendidos e quais dados estão sendo utilizados. Se a curadoria não for feita de maneira clara, a confiança entre as partes pode ser seriamente abalada. Além disso, a eficácia dessa tecnologia pode variar significativamente, dependendo das plataformas utilizadas e da qualidade dos dados disponíveis.

Outra questão é como essa nova tendência impacta a criatividade na publicidade. Com tanta ênfase em dados e otimização, há o risco de se perder o toque humano que faz a comunicação publicitária ser tão poderosa. É preciso encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e a criatividade, garantindo que as campanhas não sejam apenas eficazes, mas também envolventes.

Enquanto isso, a discussão continua. A curadoria pode ser o futuro da publicidade programática, mas é fundamental que todos os envolvidos — editores, anunciantes e plataformas — trabalhem juntos para garantir que essa ferramenta cumpra suas promessas. Quem sabe, com um pouco mais de colaboração e transparência, a curadoria possa realmente se estabelecer como um aliado valioso no ecossistema publicitário.

Por enquanto, o importante é acompanhar essa evolução e estar preparado para se adaptar às mudanças que estão por vir. O mundo da publicidade está em constante transformação, e a capacidade de se ajustar às novas tendências pode ser a chave para o sucesso.

Redação Confraria Tech.

Referências:
Publishers Are Skeptical of Adtech’s Latest Buzzword, Curation


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admin