O projeto era liderado pelo tenente-coronel John Henry Patterson, que logo percebeu que os trabalhadores começavam a desaparecer. A cada dia que passava, os ataques se tornavam mais frequentes e audaciosos. Um dos incidentes mais impressionantes envolveu um oficial do distrito, que conseguiu escapar com ferimentos, mas não teve a mesma sorte seu assistente, que foi fatalmente atacado.
Após meses de terror, em dezembro de 1898, Patterson conseguiu abater um dos leões, seguido pela morte do segundo leão cerca de 20 dias depois. As peles dos leões foram utilizadas como tapetes na casa de Patterson por 25 anos antes de serem vendidas ao Field Museum of Natural History, em Chicago, em 1924. Hoje, essas peles estão restauradas e em exibição permanente, junto com os crânios dos leões, permitindo que visitantes conheçam um pedaço dessa curiosa história.
Recentemente, um grupo de cientistas decidiu investigar mais sobre esses leões e sua dieta. Analisando amostras de pelos coletados dos dentes dos leões, eles conseguiram identificar as espécies que fizeram parte do cardápio dos predadores. Para a surpresa de muitos, os humanos estavam entre as presas. Essa pesquisa traz à tona não apenas um capítulo fascinante da interação entre humanos e animais selvagens, mas também um olhar mais profundo sobre o que pode levar um animal a alterar seu comportamento habitual.
Essa combinação de ciência e história nos lembra como a natureza pode ser imprevisível e, por vezes, surpreendente. A história dos leões de Tsavo não é apenas sobre predadores, mas também sobre a resiliência e a luta pela sobrevivência em um ambiente em constante mudança.
Redação Confraria Tech.
Referências:
DNA confirms these 19th century lions ate humans