“Esses grãozinhos são os blocos fundamentais dos planetas,” afirma Zhe-Yu Daniel Lin, astrofísico da Carnegie Institution for Science. Ele até compara a forma desses grãos a batatas, o que nos ajuda a visualizar essas estruturas que, em escala cósmica, desempenham um papel crucial.
Uma das descobertas mais intrigantes é que, em vez de se moverem desordenadamente pelo espaço, esses grãos se alinham de maneira organizada ao longo de suas trajetórias orbitais. Isso pode parecer surpreendente, mas novas pesquisas lideradas por Lin utilizam um princípio que conhecemos bem aqui na Terra: o do volante de um shuttle de badminton. Assim como esse objeto mantém sua trajetória estável enquanto voa, os minúsculos grãos no espaço também parecem seguir um padrão, formando uma estrutura coesa dentro do disco.
A interação entre esses grãos, o gás ao seu redor e as forças que atuam sobre eles é uma dança complexa e bem orquestrada. Cada movimento e cada acúmulo de material é um passo em direção à formação de um novo planeta. Essa pesquisa nos ajuda a entender não apenas como os planetas se formam, mas também como o universo se organiza em escalas que vão desde a infinitesimal até a colossal.
Portanto, da próxima vez que olharmos para o céu e pensarmos nas estrelas, podemos lembrar que, em algum lugar lá fora, uma nova vida planetária está começando a se formar, tudo a partir de pequenos grãos que, de maneira surpreendente, já têm sua dança ensaiada pela natureza.
Redação Confraria Tech.
Referências:
What do planet formation and badminton have in common?