Testemunha especializada usou o Copilot para inventar danos falsos, irritando o juiz.


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Recentemente, um juiz de Nova York fez um alerta sobre o uso de chatbots de inteligência artificial, especificamente o Copilot da Microsoft, em um caso de disputa imobiliária. O juiz Jonathan Schopf expressou suas preocupações em relação à confiabilidade da tecnologia e à sua rápida evolução. Ele enfatizou que qualquer uso de inteligência artificial deve ser claramente informado antes que testemunhos ou evidências sejam apresentados em tribunal.

A situação surgiu quando um especialista, Charles Ranson, utilizou o Copilot para verificar cálculos em uma disputa sobre uma propriedade de aluguel avaliada em $485.000 nas Bahamas. Essa propriedade fazia parte de um trust destinado ao filho de um homem falecido. O tribunal estava analisando se a irmã do falecido, que atuava como executora e fiduciária, violou seus deveres ao atrasar a venda do imóvel, enquanto o utilizava para férias pessoais.

O juiz Schopf destacou que o tribunal não possui uma compreensão objetiva de como o Copilot funciona, o que levanta questões sobre a precisão das informações geradas por esses sistemas. Ele alertou que, se especialistas começarem a confiar excessivamente em chatbots, isso poderá causar uma verdadeira disrupção no sistema jurídico. A mensagem é clara: enquanto a tecnologia avança, é fundamental que os profissionais da área legal permaneçam cientes de suas limitações e façam um uso responsável dessas ferramentas.

Esse caso serve como um lembrete de que, apesar das inovações que a inteligência artificial traz, a supervisão humana e a transparência são essenciais, especialmente em questões tão delicadas quanto disputas legais. A confiança cega em máquinas pode levar a erros significativos, e o papel do especialista deve ser sempre de análise crítica e não apenas de validação automatizada.

A discussão sobre o uso de inteligência artificial no direito está apenas começando, e é importante que todos os envolvidos no sistema legal estejam preparados para navegar por essas novas águas. Afinal, a tecnologia deve ser uma aliada, mas nunca um substituto para o julgamento humano.

Redação Confraria Tech.

Referências:
Expert witness used Copilot to make up fake damages, irking judge


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admin