Em Tron: Catalyst, os jogadores retornarão ao Arq Grid, um mundo virtual que se desenvolveu sem a intervenção humana, criando um ambiente isolado, semelhante às Ilhas Galápagos, habitado por programas de computador sencientes. O protagonista, Exo, possui a habilidade de reviver fragmentos de tempo, aproveitando um glitch no sistema que ninguém mais consegue perceber. Sua missão é descobrir e frustrar os objetivos obscuros dos governantes do Arq Grid, desvendando segredos e contornando inimigos em cada novo loop.
O combate no jogo é dinâmico, com ataques corpo a corpo e de longa distância, e Exo terá a oportunidade de coletar fragmentos de dados que concedem novas habilidades à medida que avança. Seu disco de identidade é uma ferramenta crucial na luta para estabilizar o Arq Grid, permitindo personalizar os caminhos de evolução do personagem. Mike Bithell, fundador da Bithell Games, menciona que o combate é influenciado diretamente pelo disco de identidade, que poderá ser aprimorado de maneiras que atendam ao estilo de ação preferido pelo jogador. O sistema de combate inclui movimentos como o disco kick, onde Exo pode atacar os inimigos arremessando seu disco, além de sequências de parkour e a possibilidade de pilotar light cycles.
Embora Tron: Catalyst faça total sentido mesmo para quem não jogou o anterior, os fãs terão a chance de reencontrar alguns rostos e locais familiares. O novo título se destaca por ser uma experiência centrada na narrativa, onde as escolhas dos jogadores têm um impacto sutil, mas perceptível no mundo ao seu redor. O jogo contará com dublagens para personagens principais e cenas cruciais.
O sistema de diálogo é baseado em texto e, embora seja linear em alguns momentos, oferece espaço para escolhas, permitindo ao jogador decidir como se relacionar com os outros personagens. Exo, por exemplo, pode optar por ser sarcástica ou educada em suas interações, e essas decisões se refletirão nas conversas futuras.
Em uma demonstração do jogo, Exo embarcou em uma missão para editar seu disco de identidade. No primeiro loop, ela enfrentou inimigos para acessar um clube e encontrar o personagem certo, que a enviou em uma missão de escolta para provar seu valor. Ao completar essa missão e limpar seu disco, ela reiniciou o loop e, na segunda vez, pôde explorar a cidade sem enfrentar adversários, abrindo novas possibilidades de interação.
Embora Tron: Catalyst não seja um jogo de mundo aberto, ele se estrutura em grandes níveis, proporcionando uma experiência rica em exploração, com diversas áreas de interesse. À medida que os jogadores se familiarizam com o ambiente, poderão inserir códigos de atalho no disco de Exo, tornando as jogadas mais dinâmicas e menos repetitivas.
Os personagens do jogo não mudam de ciclo para ciclo, retornando sempre aos seus lugares originais no início de cada loop. No entanto, a percepção de Exo sobre cada situação evolui a cada reinício, revelando novos caminhos e fazendo com que o mundo reaja às alterações em seu disco de identidade.
Bithell destaca que Tron: Catalyst é um jogo que explora as relações entre personagens e como eles podem ser influenciados, embora não se trate de um roguelite como Hades. A proposta aqui é muito mais voltada para a narrativa, com um foco em como as interações moldam a experiência.
Com uma equipe de cerca de 20 desenvolvedores, a Bithell Games está trabalhando arduamente em Tron: Catalyst, que será publicado pela nova editora de jogos independentes licenciados da Devolver Digital, chamada Big Fan. E não se esqueça, o nome completo do jogo é Disney Tron: Catalyst, então não se surpreenda se ele aparecer em uma posição inusitada na sua biblioteca quando for lançado em 2025.
Redação Confraria Tech.
Referências:
The next Tron game is an isometric action adventure due out in 2025